Grade 11

Grade 11Chemical Bonding and Molecular Structure


Hibridização e seus tipos


O fascinante conceito de hibridização desempenha um papel vital na compreensão da ligação química e da estrutura molecular. A hibridização é um modelo teórico que descreve o rearranjo de orbitais atômicos para formar novos orbitais híbridos adequados para o emparelhamento de elétrons para formar ligações químicas, geralmente ligações covalentes. Vamos mergulhar mais fundo no conceito de hibridização, explorar seus tipos e entender como ela ajuda a prever a geometria das moléculas.

O que é hibridização?

A hibridização é o processo de combinar orbitais atômicos em novos orbitais chamados orbitais híbridos. Este conceito foi introduzido para explicar a estrutura de moléculas como o metano (CH4), que não podiam ser explicadas satisfatoriamente usando as noções existentes de estrutura atômica. Os orbitais híbridos são degenerados, o que significa que possuem o mesmo nível de energia, e compartilham características dos orbitais atômicos constituintes.

Por que a hibridização é importante?

A hibridização ajuda a explicar o seguinte:

  • Geometria molecular de compostos.
  • Ângulos de ligação em moléculas.
  • Estabilidade e força das ligações químicas.

Princípios básicos da hibridização

Existem vários princípios fundamentais sobre hibridização que precisam ser entendidos:

  1. Orbitais híbridos são formados pela mistura de orbitais atômicos localizados no mesmo átomo.
  2. O número de orbitais híbridos formados é igual ao número de orbitais atômicos misturados.
  3. Os orbitais híbridos são orientados de modo a manter a máxima distância entre si e minimizar a repulsão dos pares de elétrons.

Tipos de hibridização

A hibridização pode resultar em diferentes geometrias e tipos de ligações. O tipo de hibridização depende do número e tipo de orbitais envolvidos na mistura. Aqui estão os principais tipos:

1. sp hibridização

Na hibridização sp, um orbital s e um orbital p combinam-se para formar dois orbitais híbridos sp equivalentes. Cada orbital é de 50% de caráter s e 50% de caráter p. Neste tipo, os orbitais estão orientados a 180 graus um do outro, formando uma geometria linear.

Exemplo: Acetileno (C2H2)

No acetileno, os átomos de carbono são hibridizados sp. Cada átomo de carbono forma dois orbitais hibridizados sp. Um deles forma uma ligação sigma com hidrogênio e o outro forma uma ligação sigma com o outro átomo de carbono. Os orbitais p não hibridizados sobrepõem-se para formar ligações pi, resultando em uma ligação tripla entre os átomos de carbono.

C - H : sp ≡ H - C : sp
H H SP SP

2. sp2 hibridização

Na hibridização sp2, um orbital s mistura-se com dois orbitais p, resultando na formação de três orbitais híbridos sp2 equivalentes. Esses orbitais estão dispostos em uma configuração triangular plana com um ângulo de 120° entre eles.

Exemplo: Etileno (C2H4)

No etileno, cada átomo de carbono está hibridizado sp2, e os orbitais hibridizados sp2 formam ligações sigma com hidrogênio e com o outro carbono. Os orbitais p não hibridizados sobrepõem-se para formar uma ligação pi, formando uma ligação dupla entre os átomos de carbono.

H - C = C - H sp2
H H sp2 sp2

3. sp3 hibridização

Na hibridização sp3, um orbital s mistura-se com três orbitais p, formando quatro orbitais híbridos sp3 equivalentes. Esses orbitais adotam uma forma tetraédrica com um ângulo de ligação de 109.5°.

Exemplo: metano (CH4)

No metano, o carbono está hibridizado sp3, com quatro orbitais híbridos sp3 formando ligações sigma com hidrogênio.

H - C - H sp3
H H H H

4. sp3d hibridização

Na hibridização sp3d, um orbital s, três orbitais p, e um orbital d combinam-se para formar cinco orbitais híbridos sp3d. Estes formam um arranjo trigonal bipiramidal.

Exemplo: Pentacloreto de fósforo (PCl5)

No pentacloreto de fósforo, o fósforo está hibridizado sp3d, e forma cinco ligações equivalentes com o cloro, formando uma forma trigonal bipiramidal.

P / |  Cl Cl Cl | | Cl Cl
Cloro Cloro Cloro Cloro Cloro Cloro

5. sp3d2 hibridização

Na hibridização sp3d2, um s, três p, e dois orbitais d combinam-se para formar seis orbitais híbridos equivalentes. Isto resulta em um arranjo octaédrico.

Exemplo: Hexafluoreto de enxofre (SF6)

No hexafluoreto de enxofre, o enxofre está hibridizado sp3d2. Ele forma seis ligações com flúor em uma forma octaédrica, com ângulos de ligação de 90°.

F | FSF | F  | / F
F F F F F F

Como determinar a hibridização?

Passo 1: Conte os elétrons de valência

Comece com o número de elétrons de valência no átomo central. Considere o efeito dos átomos circundantes e quaisquer cargas na molécula ou íon.

Passo 2: Determine a geometria molecular

Use a teoria VSEPR (repulsão de pares de elétrons da camada de valência) para prever a geometria da molécula. Isto ajuda a prever quantos orbitais híbridos são necessários.

Passo 3: Use o atalho de hibridização

As regiões de densidade eletrônica ao redor do átomo central podem ajudar a prever a hibridização. Aqui estão algumas diretrizes:

  • 2 áreas: sp
  • 3 regiões: sp2
  • 4 regiões: sp3
  • 5 regiões: sp3d
  • 6 regiões: sp3d2

Hibridização em diferentes compostos

Água (H2O)

A estrutura da água é curvada e seu ângulo de ligação é de 104.5°. O oxigênio na água está hibridizado sp3, com dois pares isolados e duas ligações simples com hidrogênio.

H - O - H sp3

Amônia (NH3)

O átomo de nitrogênio na amônia está hibridizado sp3. Ele forma três ligações sigma com hidrogênio e retém um par isolado, resultando em uma forma piramidal trigonal.

H - N - H | H

Trifluoreto de boro (BF3)

O trifluoreto de boro mostra hibridização sp2, em que o boro forma três ligações sigma com o flúor. Isso resulta em uma forma triangular plana com um ângulo de ligação de 120°.

F | BF | F

Importância da hibridização na química

A hibridização é um conceito importante para entender como as moléculas adotam certas formas e tipos de ligação, que afetam as propriedades físicas e químicas das reações químicas. Ofereceu um modelo coerente que correlacionava com dados experimentais, ajudando a prever estruturas moleculares e reatividade.

Embora a hibridização seja uma ferramenta teórica valiosa, é importante entender que ela simplifica demais a verdadeira natureza quântica dos elétrons nos átomos. No entanto, continua a ser um pilar na educação química para explicar a geometria molecular e as características de ligação.

Conclusão

A hibridização lançou as bases para entender como os átomos se combinam para formar moléculas com geometrias específicas. Ao misturar orbitais atômicos, a hibridização explica as formas, ângulos de ligação e padrões de ligação das moléculas, moldando, em última análise, o mundo da química.


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