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Reações de substituição nucleofílica
Reações de substituição nucleofílica são uma classe essencial de reações na química orgânica. Nessas reações, um nucleófilo é substituído por um grupo de saída em um átomo de carbono saturado. A substituição nucleofílica é amplamente utilizada na síntese de vários compostos orgânicos. Compreender os princípios subjacentes, mecanismos e aplicações dessas reações é importante para dominar a química orgânica.
Tipos de reações de substituição nucleofílica
Existem dois mecanismos principais pelos quais as reações de substituição nucleofílica ocorrem: SN1 e SN2.
Mecanismo SN2
O mecanismo SN2 é a abreviação de "substituição nucleofílica bimolecular". Esse processo ocorre em um único passo coordenado, onde o nucleófilo ataca o carbono eletrofílico e o grupo de saída se desliga simultaneamente. Como a taxa da reação depende tanto do nucleófilo quanto do substrato, esse processo é chamado de bimolecular.
Uma representação típica de uma reação S2 é mostrada abaixo, onde Nu:
representa o nucleófilo e LG
representa o grupo de saída:
R-LG + NEW: → R-NEW + LG
A estereoquímica ativa do substrato é importante no mecanismo SN2, e a reação geralmente ocorre com um ataque traseiro, levando à inversão da configuração no centro do carbono.
Exemplo visual
Considere o seguinte SVG do mecanismo de reação SN2 envolvendo cloreto de metila e íon hidróxido.
Mecanismo SN1
O mecanismo SN1 significa "substituição nucleofílica unimolecular". É caracterizado por um processo em duas etapas. Primeiro, o grupo de saída se dissocia, formando um intermediário carbocátion. Em seguida, o nucleófilo ataca o carbocátion, completando a substituição.
A taxa de reação depende apenas da concentração do substrato, tornando-a uma reação monomolecular. O esquema geral de reação para a reação SN1 pode ser ilustrado da seguinte forma:
R-lg → R+ + lg R+ + nu: → R-nu
Devido à formação de um intermediário carbocátion, a reação SN1 é propensa à racemização quando o centro do carbono é quiral, pois o nucleófilo pode atacar de qualquer lado.
Exemplo visual
Considere o seguinte cenário de uma reação SN1 envolvendo cloreto de terc-butila e água.
Fatores que afetam as reações de substituição nucleofílica
Substrato
A natureza do substrato desempenha um papel importante na determinação de qual caminho SN1 ou SN2 é preferido. Substratos primários frequentemente preferem o mecanismo SN2, enquanto substratos terciários geralmente sofrem reações SN1.
Grupo de saída
Um bom grupo de saída é importante para reações de substituição nucleofílica. Geralmente, grupos de saída que podem estabilizar a carga negativa após a isolação são considerados bons. Grupos de saída comuns incluem haletos como Cl-, Br- e I-.
Nucleófilo
A força e a concentração do nucleófilo também podem afetar o caminho da reação. Nucleófilos fortes favorecem o mecanismo SN2, enquanto nucleófilos fracos geralmente levam a reações SN1.
Solvente
O tipo de solvente pode afetar drasticamente qual mecanismo de substituição prevalece. Solventes próticos polares estabilizam o carbocátion, facilitando reações SN1, enquanto solventes aproticos polares aumentam a força nucleofílica, favorecendo mecanismos SN2.
Resumo comparativo dos mecanismos SN1 e SN2
Características | SN1 | SN2 |
---|---|---|
Molecularidade | Unimolecular | Bimolecular |
Etapa | Duas etapas | Uma etapa |
Fatores determinantes da taxa | Concentrações de substrato | Concentrações de substrato e nucleófilo |
Taxa de reação | K[r-lg] | k[r-lg][new] |
Estereoscópico | Racemização | Inversão da configuração |
Preferência de substrato | Terciário | Primário |
Esta lição oferece uma visão abrangente e acessível sobre as reações de substituição nucleofílica, ajudando você a entender seus mecanismos e aplicações na química orgânica.