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Ligação Metálica
A ligação metálica é um conceito fundamental em química, que explica as propriedades e comportamentos dos metais. Os metais têm propriedades únicas, como condutividade elétrica, maleabilidade, ductilidade e aparência lustrosa. Compreender as ligações metálicas nos ajuda a saber como os metais interagem em nível atômico para lhes dar essas propriedades. Na ligação metálica, os átomos em um metal contribuem com seus elétrons de valência para formar um "mar" de elétrons deslocalizados. Esses elétrons se movem livremente em torno de uma rede de cátions metálicos, o que facilita as propriedades únicas dos metais.
Modelo do mar de elétrons
O modelo do mar de elétrons é uma maneira comum de descrever a ligação metálica. Neste modelo, os elétrons de valência dos átomos metálicos não estão ligados a nenhum átomo específico. Em vez disso, eles são livres para se moverem por toda a rede metálica. Este "mar" de elétrons em nível atômico facilita a condutividade dos metais, pois os elétrons podem se mover em resposta a um campo elétrico.
Para ilustrar o modelo do mar de elétrons, considere um metal simples como o sódio (Na
). Cada átomo de sódio doa seu elétron mais externo para o mar de elétrons. Isso dá ao átomo de sódio seu núcleo positivamente carregado (núcleo e elétrons internos), conhecido como cátion sódio (Na +
). Os elétrons livres fornecem uma "cola" que mantém esses cátions juntos.
Na ↔ Na + + e -
Aqui está uma representação visual básica de uma fila de átomos metálicos e seu grupo de elétrons compartilhados:
Propriedades das ligações metálicas
Condutividade elétrica
Os elétrons deslocalizados nas ligações metálicas permitem que os metais conduzam eletricidade. Quando uma diferença de potencial é aplicada a um pedaço de metal, os elétrons podem se mover de um lado para o outro, fazendo com que uma corrente elétrica flua. É por isso que metais como cobre e alumínio são usados em fios elétricos.
Condutividade térmica
Os metais também são bons condutores de calor. Os elétrons livres podem transportar energia térmica através da rede metálica, permitindo que o calor seja transferido rapidamente de áreas mais quentes para áreas mais frias. Esta propriedade torna os metais úteis para utensílios de cozinha e trocadores de calor.
Maleabilidade e ductilidade
Porque as ligações metálicas envolvem um mar flexível de elétrons, os átomos metálicos podem deslizar uns sobre os outros sem quebrar a ligação. Isso dá aos metais a capacidade de serem martelados em folhas (maleabilidade) ou esticados em fios (ductilidade). Essas propriedades físicas são usadas em uma variedade de processos de fabricação.
Brilho
O brilho dos metais, sua aparência brilhante, deve-se à interação da luz com os elétrons deslocalizados. Quando a luz incide sobre a superfície de um metal, os elétrons podem absorver e reemitir a luz, dando aos metais seu brilho característico.
Força da ligação metálica
A força de uma ligação metálica é afetada por vários fatores, incluindo o número de elétrons deslocalizados, a carga dos cátions metálicos e o tamanho dos cátions. Por exemplo, o magnésio (Mg
) forma uma ligação metálica mais forte que o sódio porque possui dois elétrons de valência que são deslocalizados em vez de um.
Mg ↔ Mg 2+ + 2e -
A carga mais alta no cátion de magnésio aumenta a atração eletrostática entre os cátions e o mar de elétrons, formando ligações metálicas mais fortes do que com metais monovalentes, como o sódio.
Comparação com outros tipos de ligações
As ligações metálicas são um dos três tipos principais de ligações químicas, junto com ligações iônicas e ligações covalentes.
Ligação iônica
Ligações iônicas são formadas entre metais e não-metais. Os metais perdem elétrons para se tornarem cátions, enquanto os não-metais ganham esses elétrons para se tornarem ânions. A atração eletrostática entre esses íons com cargas opostas forma ligações iônicas. Ao contrário das ligações metálicas, os compostos iônicos geralmente são quebradiços e não condutores em forma sólida, mas podem conduzir eletricidade quando dissolvidos em água.
Ligações covalentes
As ligações covalentes envolvem o compartilhamento de pares de elétrons entre átomos, normalmente entre não-metais. Isso pode levar à formação de moléculas. Por exemplo, dois átomos de hidrogênio compartilham elétrons para formar uma molécula de gás hidrogênio (H 2
).
H: + :H ↔ H::H
Substâncias covalentes podem ser gases, líquidos ou sólidos, com condutividade variando dependendo de sua estrutura. Os metais, com suas ligações metálicas, têm propriedades diferentes, como descrito anteriormente.
Modelos de ligação metálica
Teoria das bandas
A teoria das bandas é um conceito avançado usado para descrever a ligação metálica em nível quântico. Ela surge a partir de ideias envolvendo a sobreposição dos orbitais atômicos na rede metálica e a formação de bandas contínuas de estados de energia. Os metais possuem bandas de condução parcialmente preenchidas, o que permite o movimento livre de elétrons, contribuindo para suas propriedades de condução.
Modelo do elétron livre
O modelo do elétron livre simplifica o conceito do mar de elétrons tratando os elétrons de valência como um gás de elétrons livres. Este modelo leva em consideração as propriedades de condução e é útil para explicar o comportamento básico da ligação metálica, mas não considera as interações entre elétrons.
Em resumo, a ligação metálica é um conceito versátil e essencial que explica por que os metais exibem certas propriedades. Compreender a natureza do mar de elétrons e seu efeito nas propriedades dos metais proporciona insights fundamentais sobre metalurgia, ciência dos materiais e física do estado sólido. Seja considerando uma aplicação prática, como fiação elétrica, ou o desenvolvimento de novas ligas, os princípios da ligação metálica permanecem inestimáveis tanto na pesquisa quanto na indústria.